domingo, 9 de dezembro de 2012

A dor da partida

Hoje à tarde(08.12.2012) estive no sepultamento de Diana Costa, e observei o quanto ela era querida. Tinha um público jovem choroso e saudoso que não acreditavam no que estavam vendo. Estavam atordoados com aquele momento de dor na despedida da amiga e
companheira querida.
Os mais velhos estavam chorosos, mais calados. Parece que a maturidade nos deixa mais próximos dessa dura realidade.

Mas algo me chamou atenção em meio aquilo tudo: vi um pai e uma mãe enterrando sua única filha. Vi uma mãe sem chão, sem enxergar e sem andar de tanta dor. Também vi um pai querendo ainda ninar sua filha amada; querendo lhe fazer carinho, que para ele não deveria ser o último.
Não, nós não podemos mensurar o que eles estavam sentido, ainda que quisessemos.
Teria a ordem natural da vida invertido as coisas? Seria Deus injusto?
Não, Deus é perfeitamente justo, e na sua justiça e amor um dia entregou uma menina pretinha para esse casal cuidar, e eles cuidaram com todo zelo e amor. Deram a melhor educação doméstica para sua menina. Ela cresceu, estudou, fez faculdade, se especializou, tornou-se uma excelente profissional e tão nova deixou uma legado para seus pais queridos, que muito se orgulham do resultado de tanto amor e dedicação.
Mas um dia Deus precisou levar a agora Mulher Preta de volta. Só que Ele não disse quando e nem como seria.
E Diana, aos 34 anos,voltou para o lugar de onde veio; e Oscar Niemeyer, aos 104 anos, voltou para o lugar de onde veio(mas antes enterrou sua única filha de 85 anos); e Dona Canô ainda vive aos 105 anos, inspirando gerações.

AOS PAIS E FAMILIARES DE DIANA COSTA, MEUS SENTIMENTOS.

"NÃO VOS VEIO PROVAÇÃO SENÃO HUMANA. E FIEL É DEUS, QUE NÃO VOS DEIXARÁ TENTAR ACIMA DO QUE PODEIS RESISTIR, ANTES COM A PROVAÇÃO DARÁ TAMBÉM O ESCAPE, PARA QUE POSSAIS SUPORTAR".(ICo 10.13)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O Evangelho que emancipa

Hoje, 06.12.2012, um aluno me disse que sempre teve curiosidade em saber qual era minha religião, e que ele passou a respeitar a religião do próximo, depois que eu ministrei algumas aulas sobre o Respeito a Diversidade Religiosa. Confesso que fiquei feliz com a fala desse aluno.
Ele disse que sempre ficou na dúvida se eu era crente, porque na sala de aula eu não me posicionava. Então eu falei que a minha função ali não era destacar religião a,b ou c, e com isso fomentar a intolerância religiosa; mas que a intenção era mostrar que podemos até discordar desse ou daquele credo religioso, porém, temos a obrigação de respeitar a opção religiosa do outro, se quisermos viver numa sociedade mais justa.
Foi então que ele relatou que antes, sua fala era de que a "minha religião é a certa", mas que aos poucos foi se dando conta de que as coisas não são bem assim.

Eu penso que a pregação do Evangelho de Cristo, "também" deve ser para emancipar as pessoas no que diz respeito a identidade racial, de gênero, cultural,  politica, e não fomentar o desrespeito ao credo alheio(nosse último caso, eu sempre acho que alguém sai lucrando com isso).

A minha preocupação é que temos um número significativo de negros que se dizem evangélicos, que estão na sala de aula na condição de  educadores, e que precisam ter coragem e uma postura madura ao falarem sobre a religiosidade do negro diaspórico.

QUE VERSÍCULO VOCÊ ESCOLHERIA PARA ILUSTRAR ESSE TEMA?

terça-feira, 20 de novembro de 2012

O DIA DA CONSCIÊNCIA DO NEGRO EVANGÉLICO

Aqui no Brasil comemoramos o Dia da Consciência Negra. Escolhemos o 20 de Novembro, em celebração ao aniversário de morte de Zumbi(1655-1695), nosso heroi nacional.

No meio evangélico ainda há um incômodo silêncio referente a essa data comemorativa.
Eu acho incrivel como ainda insistem em fazer essa divisão. É como de o evangélico não tivesse um passado histórico, e nem fosse fruto deste.

Isso é muito perigoso...



sábado, 27 de outubro de 2012

CRIANÇAS NEGRAS AOS OLHOS DO PAI(VÍDEO)


 
SEMPRE VEJO VÍDEOS COM A MÚSICA AOS OLHOS DO PAI, UTILIZANDO FOTOS DE CRIANÇAS, NA SUA MAIORIA BRANCAS. DESSA VEZ FIZ UMA SEGUNDA VERSÃO SÓ COM NOSSAS CRIANÇAS NEGRAS.



domingo, 21 de outubro de 2012

Opinem, sugiram

Olá, pessoas queridas!

Gostaria que vocês opinassem mais.

Tem alguém lá em Tawian que está me visitando. Acho isso incrivel! O poder das palavras e seu alcance através da internet.

Deixa eu confessar uma coisa pra vocês: não falo e nem escrevo outro idioma que não o meu. Falha grave, eu sei. Espero poder mudar essar realidade brevemente. Vai que um dia eu seja convidade para ir à um pais de língua inglesa ou espanhola.
Kkkkkkk
Mas tem uma coisa que a prendi a fazer: usar o tradutor do Google. Pode até não ser politicamente correto, mas me viro com ele para me comunicar com a galera de fora.
Portanto, quero me comunicar mais com você que mora na Alemanha, Argentina, Estados Unidos, Canadá, Rússia, República Dominicana, e outros tantos que me visitam.
Na República Dominicana eu sei quem lê minhas postagens, é uma nativa. Mas e nos outros países? Penso que são brasileiros que moram lá, né?
Sei não, agora fiquei confusa. Rsrsrs

Bjs e tenham uma semana abençoada, em nome de Jesus.

Gicélia Cruz

sábado, 20 de outubro de 2012

Pode uma negra evangélica ser do Movimento Negro?

Olá, queridas pessoas! O que pretendo ao relatar os fatos abaixo, não é fomentar intrigas entre nós mulheres negras que professamos credos relogiosos diferentes, mas sim mostrar que estamos avançando no diálogo e que nós, negra e negros  evangélicos,  também buscamos conhecer a  história de nossos ancestrais, firmando assim nossa identidade negra. Recentemente tive conhecimento de um fato bem interessante. Como tenho compartilhado com vocês, sempre sou convidada à fazer palestras e, assim quando termino minha fala, algumas pessoas vêm me comprimentar. Mas a informação que chegou até a mim foi de que em uma dessas palestras, uma candomblecista, ao me ver à mesa, retirou-se do ambiente reclamando com  a pessoa que me convidou, que não aceitava uma evangélica falando de negritude. Vale salientar que fui convidada por uma autoridade politica e candomblecista. Em um outro momento, também já fui hostiliza por uma mulher negra e candomblecista que estava à mesa comigo. Uma certa vez, me coloquei à disposição para colaborar em duas instituições ligadas ao Movimento Negro. A primeira me disse que eles só aceitavam pessoas do Axé. Então eu disse que antes de ser batista, eu era mulher e negra; mas ainda assim não fui aceita. Nas segunda instituição, que é ligada à educação, também não me aceitaram por eu ser evangélica. Também tenho conhecido e convivido com pessoas do axé com as quais tenho aprendido muito,quando compartilhamos nossas experiências religiosas nesse processo da Diáspora Africana. Já falei anteriormente numa das minhas postagens, que entendo perfeitamente o comportamento de algumas liderenças do movimento negro, que tem "um olhar atravessado para com os evangélicos". Através de leituras e assistindo programas televisivos de algumas denominações que se dizem evangélicas, observo o quanto de intolerância religiosa foi incetivado por alguns líderes. Mas hoje em dia, após vários processos judiciais, esse dircurso tem diminuido, até porque dá cadeia. Eu fico "numa sinuca de bico: alguns lideres do Movimento Negro não me aceitam por eu ser evangélica, e no meio evangélico eu também não sou bem vista por fazer parte do Movimento Negro. Rsrsrsr Mas Deus não é Deus de confusão, senão de paz.(ICo 14.33). Eu creio que faço parte de um pequeno mas crescente exército de negros evangélicos que tem buscado a orientação do Senhor para que seus iguais, independente de credo religioso, não permaneçam na ignorância do conhecimento histórico. Agradeço ao Senhor Deus por ter me escolhido para essa missão(Isaias 61.1) Amém!!! Gicélia Cruz SE VOCÊ FOR COMPARTILHAR ESSE TEXTO, FAVOR CITAR A FONTE.

domingo, 14 de outubro de 2012

BONECAS NEGRAS AQUI NÃO!!!

Tenho outra experiência para contar sobre meu "mundo crentês".

Eu tenho várias esculturas negras que decoram minha casa. Quando eu não compro, ganho de amigas que sabem da minha predileção.

Um certo dia, uma irmãzinha(negra com a pele um pouco mais clara que a minha) chegou na minha casa e, ao olhar as bonecas negras que estavam sobre uma peça Da sala, juntou todas nos braços e me perguntou: GICÉLIA, VOCÊ SABE O QUE ESSAS BONECAS(NEGRAS) SIGNIFICAM?!!
Eu calmamente segura, respondi: sei. Quer que eu explique?
Acho que ela percebeu o mico que estava pagando, e que aquela conversa ia dar pano pra manga. Então colocou as bonecas no lugar e disse que era melhor a gente mudar de assunto.

Mesmo assim, procurei saber o que aquelas bonecas negras significavam para ela. Por que se sentia tão incomodada em vê-las? Perguntei se ela via nas lojas, principalmente as evangélicas, bonecas negras para decoração de casa? Ou mesmo biscuit negros? Por que ela, enquanto mulher negra, tinha pavor em ver tanta boneca negra juntas? Ela não sabia responder. Eu fiquei penalizada em ver que minha irmã(negra) em Cristo, tem medo da sua própria imagem.

Talvez se fosse na casa de um não crente, a irmãzinha não falasse nada. Ela ficaria só olhando incomodada e ia  orar em silêncio, repreendendo todo o mal daquela casa. Rsrsrs
Sim, porque eles pregam que o mal é negro. O pecado é negro.

Deus, o que tentam fazer conosco?


Gicélia Cruz



Candace, rainha dos Etíopes

Vamos compartilhar mais uma "perola" do nosso mundo crentês.

Conversando com uma pessoa evangélica, me identifiquei como Rainha Candace. Pra quê fui fazer isso?!
A pessoa me recriminou na hora, dizendo: Irmã, vigie na Palavra, pois a nossa Rainha é Ester. 
Inclusive me orientou a ler mais a Bíblia, e citou o texto de Atos.10.26(o texto para quem não está lembrando, relata o encontro de Filipe com o eunuco).
Eu não acreditei no que estava ouvindo. Então lá fui eu colocar em prática um pouco do nosso conhecimento, e procurei fazer minha reflexão a partir do texto sugerido.

Tentei explicar que o eunuco era um alto funcionário(superintendente dos tesouros) da Rainha Candace. O que significa que ele trabalhava para uma nação rica e próspera, tendo sobre sua liderança uma mulher negra:  Candace, rainha dos Etiópes.
Também falei sobre o encontro do Rei Salomão com a Rainha de Sabá: outra mulher negra(Chefe de Estado) que governava uma grande nação(1Reis 10).
Mas ainda assim, a pessoa me disse que esse não é povo escolhido por Deus.
Então eu respondi que não era judia, e que como mulher negra e evangélica, tenho conhecimento da história da minha ancestralidade, assim como os judeus têm da sua.

Também sugeri que ele, enquanto homem negro e evangélico, procurasse conhecer mais sobre sua história; e que procurasse localizar o Egito e a Etiópia, Líbia e Sudão no Mapa Mundi.
Resumindo: ele disse que era melhor a gente para com "essa conversa" , e fôssemos "falar de Jesus".
Rsrsrsr

O racismo é perverso. Ele não respeita placa de igreja. Os negros evangélicos sofrem duplamente: 
1. Por serem negros, a História Oficial lhes nega seu passado de honra, inteligência e riqueza, desde África e na Diáspora;
2. ao aceitar a  Cristo como Senhor e Salvador, esse negro tem sua história deletada completamente, por aqueles que pregam um Cristianismo a partir de uma teologia eurocêntrica,  reforçando ainda mais a História Oficial, que durante séculos dizia ser a África um Continente sem passado histórico de grandes civilizações. A quem interessa continuar disseminando esse discurso? Inclusive por lideres negros sem nenhum referencial de negritude?

Eles se utilizam da Bíblia para demonizar o Continente Africano; dizem que lá "ninguém nunca ouviu falar de Cristo". Mais de que Cristo eles estão falando? O da teologia européia?
Alguém sabe dizer onde se encontra a Primeira Igreja Cristã que se tem conhecimento? É a Igreja de Copta e está localizada no Egito(África).
E os negros judeus? Alguém já ouviu falar na Operação Moisés? Pesquise na internet. Vale a pena.

Enquanto batista de uma linha histórica, sei que minha denominção surge na europa do século XVIII(pelo menos é o que tenho lido nas fontes). Portanto, entendo perfeitamente o protestantismo e sua ideologia. Afinal de contas, tenho formação em Teologia, por um seminário batista tradicional. 
Mas graças à Deus que não me deixa ficar confundida(Isaias 49.23).

Gente, confesso que a cada dia percebo o quanto temos que vançar no combate ao racismo. Em especial, a essa ideologia de branquitude que macula o Evangelho de Cristo, deixando assim negros e negras evangélicos referencial de identidade.

Gicélia Cruz





domingo, 7 de outubro de 2012

Voltei. Estava sem internet

Olá, pessoas queridas!

Dei uma sumidinha porque estava sem internet.
Acreditem: houve infiltração no cabo e por isso saia água constantemente dele. Resultado: fiquei mais de um mês sem internet, pois tive que trocar toda fiação. Isso mesmo F.I.A.Ç.Â.O.
Não tenho WIFI. Sai muito caro pra mim, pois as operadoras só querem vender o pacote: tv a cabo, linha telefônica e internet.
A solução foi usar o modem 3G, que parecia uma carroça de tão lenta.
Rsrsrsrs
Mas agora parece que está tudo resolvido, e estou definitivamente de volta.

Prazer em revê-los/las.

Afroabraços.

Ministro Joaquim Barbosa, nossa referência.

"Todas as engrenagens de comando no Brasil estão nas mãos de pessoas brancas e conservadoras", diz Joaquim Barbosa, relator do Mensalão


Foto: Lula Marques/Folhapress

"A imprensa brasileira é toda ela branca, conservadora. O empresariado, idem". "Todas as engrenagens de comando no Brasil estão nas mãos de pessoas brancas e conservadoras."
"O Brasil ainda não é politicamente correto. Uma pessoa com o mínimo de sensibilidade liga a TV e vê o racismo estampado aí nas novelas."
"O racismo parte da premissa de que alguém é superior. O negro é sempre inferior. E dessa pessoa não se admite sequer que ela abra a boca. 'Ele é maluco, é um briguento'. No meu caso, como não sou de abaixar a crista em hipótese alguma...”.
Essas são algumas das declarações do ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, relator do processo do Mensalão, publicadas neste domingo, 07/10, na coluna de Mônica Bergamo da Folha de São Paulo.
Nascido em Paracatu, no interior de Minas, filho mais velho de uma mãe dona de casa e um pai pedreiro, o magistrado conta ao jornal paulista que teve uma infância pobre e o racismo apareceu em sua "infância, adolescência, na maturidade e aparece agora". Para ele, o racismo se manifesta em "piadas, agressões mesmo". "O Brasil ainda não é politicamente correto. Uma pessoa com o mínimo de sensibilidade liga a TV e vê o racismo estampado aí nas novelas". Já discutiu com vários colegas do STF. Mas diz que polêmicas "são muito menos reportadas, e meio que abafadas, quando se trata de brigas entre ministros brancos".
Segunda a coluna da Folha, há 30 anos, já formado em direito e trabalhando no Itamaraty como oficial de chancelaria, prestou concurso para diplomata. Passou. Foi barrado na entrevista.
Na entrevista, Joaquim Barbosa conta ainda detalhes da sua infância, com oito irmãos, e das referências recebidas do pai. "Ele era aquele cara que não se submetia. Tinha temperamento duro, falava de igual para igual com os patrões. Tanto é que veio trabalhar em Brasília, na construção, mas se desentendeu com o chefe e foi embora", lembra Joaquim.
O pai vendeu a casa em que morava com a família e comprou um caminhão. Chegou a ter 15 empregados no boom econômico dos anos 70. "E levava a garotada para trabalhar." Entre eles, o próprio Joaquim, então com 10 anos.
Cursou direito na Universidade de Brasília, de 1975 a 1982, trabalhou na composição gráfica de jornais, no Itamaraty. Ingressou por concurso no Ministério Público Federal. Tirou licenças para fazer doutorado na Universidade de Paris-II. E passou períodos em universidades dos EUA como acadêmico visitante em centros acadêmicos como a Universidade da Califórnia, Los Angeles. Fala francês, inglês e alemão.

Na reportagem da Folha de São Paulo, Joaquim Barbosa revela sua "imparcialidade e equidistância em relação a grupos e organizações", compravas pela participação do magistrado em julgamentos diversos, envolvendo partidos de diferentes posições políticas, como o PP paulista de Paulo Maluf, o PSDB mineiro de Eduardo Azeredo e, agora, o PT nacional de José Dirceu e José Genuíno.
Joaquim Barbosa também deixa claro seu distanciamento pessoal do poder. "Vi o Lula pela primeira vez no dia do anúncio da minha posse. Não falei antes, nem por telefone. Nunca, nunca." Depois, continuou distante de Lula. Não foi procurado nem mesmo nos momentos cruciais do mensalão. "Nunca, nem pelo Lula nem pela [presidente] Dilma [Rousseff]. Isso é importante. Porque a tradição no Brasil é a pressão. Mas eu também não dou espaço, né?".
Mas faz elogios aos “avanços inegáveis” trazidos pelo Governo Lula, a quem deu o seu voto em três eleições, além de votar em Dilma em 2010. E declara à jornalista Mônica Bergamo: "Vou te confidenciar uma coisa, que o Lula talvez não saiba: devo ter sido um dos primeiros brasileiros a falar no exterior, em Los Angeles, do que viria a ser o governo dele. Havia pânico. Num seminário, desmistifiquei: 'Lula é um democrata, de um partido estabelecido. As credenciais democráticas dele são perfeitas'."
Perguntado se teria o prazer em condenar (herança dos tempos de atuação no Ministério Público), o magistrado nega:
"É uma decisão muito dura. Mas é também um dever". "O problema é que no Brasil não se condena", diz. "Estou no tribunal há sete anos, e esta é a segunda vez que temos que condenar. Então esse ato, para mim e para boa parte dos ministros do STF, ainda é muito recente."
Sobre a possibilidade do julgamento do Mensalão, com vigilância e punição, ser um fato isolado na justiça brasileira, sem transformação na cultura jurídica do país, Joaquim Barbosa é enfático: "Não acredito. Haverá uma vigilância e uma cobrança maior do Supremo. Este julgamento tem potencial para proporcionar mudanças de cultura, política, jurídica. Alguma mudança certamente virá".
A entrevista à Folha termina com o ministro dizendo que não gosta de ser tratado como "herói" do julgamento. "Isso aí é consequência da falta de referências positivas no país. Daí a necessidade de se encontrar um herói. Mesmo que seja um anti-herói, como eu".


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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O uso da imagem do negro nas campanhas eleitorais

Tenho acompanhado as eleição municipal de perto.
Gente, eu fico enojada em ver como alguns candidatos se utilizam da imagem do povo negro nas suas propagandas. Como eles vêm às nossas favelas, abraçam nossas crianças e mulheres negras como se fosse algo natural, mas sabemos que isso não acontece no cotidiano.
Eles utilizam nossas comunidades como bolsões de votos. Mas quando ganham, se trancam eu seus gabinetes e certamente não se lembrarão do nome da favela que ajudou a elegê-lo.
Os negros são usados como objetos; são os necessitados, pobres, analfabetos, e que precisam sempre de um homem ou mulher não negros para tutelá-los.
Nossas mulheres idosas são mostradas como sendo a ama de leite que espara o favor do senhorzinho que irá ajudá-la na sua velhice.
Por que eles insistem em reforçar essa imagem? Quem se beneficia com isso?


Deveria existir uma lei que proibisse o uso da imagem de crianças em propaganda eleitoral.
Por que eles vêm às nossas favelas e carregam nossas crianças no colo para exibi-las em suas propagandas como sendo alvo de suas preocupações? Nós sabemos que isso não é verdade!!!!!
A comunidade negra deveria se manisfestar contra esse absurdo!

Estou me aventurando em fazer essa critica. Sou nova também nesse quesito, mas como cidadã e mulher negra, quero escrever sobre meu olhar no que se refere ao uso da imagem do negro nas campanhas eleitorais.

Que o Senhor Deus continue nos abençoando.

Gicélia Cruz



Eleição municipal em Salvador

Olá, pessoas queridas!

Estou com problema na internet, por isso a dificuldade em postar novas ideias.

Mas quero trazer meu olhar sobre o que tenho visto na propaganda eleitoral aqui de Salvador.
Os três candidatos à prefeitos mais expressivos  têm negros como seus vices. Óbvio que esses candidatos não são negros. Vejo essa situação como uma jogada de marketing.

A minha pergunta é: será que teremos mais negros no primeiro escalão na nova gestão?
A outra pergunta que não quer calar: será que teremos, finalmente, mulheres negras no comando das secretarias? Vamos esperar para ver...

Algumas pessoas me perguntaram por que eu não sai candidata à vereadora. Eu respondi que ainda preciso ter liberdade para falar  e escrever o que penso. Sei que quando eu me filiar a algum partido, meu direito de expressão será silenciado. Por que eu falo isso?

Com a greve dos professores da rede estadual, jovens ficaram mais de três meses sem aula. Nossos jovens negros foram os mais prejudicados; vulneráveis às drogas, e provavelmente à serem assassinados.
Nenhuma liderança do movimento negro da Bahia se manifestou. A maioria é filiada à partidos que fazem parte da base aliada do governo.

Sei que um dia me filiarei a um apartido, mas por enquanto, assim tá bom.

domingo, 19 de agosto de 2012

Não podemos casar aqui porque nós somos negros


Igreja Batista pede desculpas por não realizar casamento de negros

O pastor chegou a se explicar em um programa da CNN para dizer que a decisão de cancelar o casamento partiu dos membros da igreja e não dele.
No final do mês de julho uma cerimônia de casamento de um casal de negros precisou ser direcionada para outra igreja, pois o pastor da Igreja Batista de Crystal Springs, nos Estados Unidos, pois alguns membros não concordavam em casar Charles Wilson e Te’Andrea.
O caso de racismo tomou repercussões internacionais prejudicando a imagem da igreja que está na cidade desde o final do século XIX sem nunca ter realizado um casamento entre pessoas negras em suas dependências.
Essa semana o ministério resolveu pedir desculpas por esse acontecimento e por ter gerado “dor” ao casal. O comunicado também mencionou que a direção está passando por uma “reconciliação com o nosso Senhor Jesus Cristo”.
O pastor Stan Weatherford, líder da igreja local, foi entrevistado pela CNN para explicar os motivos que o fizeram realizar o casamento em outro lugar, segundo ele o veto ao casamento do casal de negros partiu de integrantes da congregação.
Apesar de não terem se casado na Igreja Batista de Crystal Springs, o casal continua frequentando o templo.
Com informações Paulopes
Fonte: Notícias Gospel

Não podemos casar aqui porque nós somos negros

Pastor de igreja no Mississippi afirmou que noivos não poderiam se casar no local por serem negros
Um casal do Mississippi, sudeste dos EUA, sofreu um duro golpe quando o pastor da igreja que frequentavam comunicou que o casamento não poderia ser celebrado no local por serem negros, informou o canal ABC.

O pastor Stan Weatherford afirmou à emissora que nunca havia sido celebrado um casamento de negros na Primeira Igreja Batista de Crystal Springs, no Mississippi, desde a inauguração do templo em 1883.

Ele afirmou que vários integrantes brancos da congregação foram contrários, de forma violenta, à celebração do casamento de Charles y Te'Andrea Wilson. Alguns o ameaçaram de demissão.

Weatherford, branco, ofereceu ao casal a possibilidade de celebrar o matrimônio em outra igreja, de maioria negra.

"Minha filha de nove anos vai à igreja conosco. Como você vai dizer a sua filha de nove anos 'não podemos casar aqui porque, advinha querida, nós somos negros'"?, disse Charles Wilson ao canal WAPT-TV, uma filial da ABC.

Ele explicou que o casal pretendia passar a integrar a igreja depois do matrimônio, programado para 20 de julho. Após o veto, transferiram a cerimônia para outra igreja e se casaram no dia 21 de julho.

Vários moradores ficaram chocados com a decisão do pastor. "Esta igreja era a casa deles", disse Theresa Norwood, de 48 anos. "O que Jesus teria feito? Teria casado eles, sem nenhuma dúvida, porque isto é o correto. Todos somos filhos de Deus", completou.
Via Band

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Seminário: A trajetória da afro-descendência brasileira


Olá, pessoal!

Farei parte da mesa que acontecerá dia 03/08(sexta-feira), às 10:30, cujo tema será: A importância da mulher negra latino-americana e caribenha: suas influências para as sociedades envolvidas nos movimentos antirraciais e o racismo institucional contra a mulher negra.

A letra está "miudinha", mas dá pra ler alguma coisa.

O evento acontecerá dias 02 e 03/08/2012, das 09 às 18h, no auditório da sede da OAB/Bahia.




domingo, 29 de julho de 2012

25 DE JULHO: DIA DA MULHER NEGRA LATINO-AMERICANA E CARIBENHA

Nessa semana quando paramos e refletimos sobre  o 25 de Julho Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, participei efetivamente de dois eventos. O primeiro foi realizado dia 23/07/2012, pelo Forum Nacional de Mulheres Negras, cujo tema foi: PERSPECTIVAS E DASAFIOS DA MULHER NEGRA EM BUSCA DO PODER. Algumas mulheres negras candidatas a vereadora e vice-prefeita foram convidadas à falar sobre sua trajetória politica.
Eu coordenei a mesa.
Gente, o mais interessante é que não gostava de política, mas agora percebo que existem pessoas que estão no poder tomando decisões importantes por mim.
A presença da mulher negra nos cargos politicos é quase nula.











O segundo evendo foi dia 25/07/2012. Recebi um convite do Egbé Axé, que é uma Associação de Terreiros do Bairro da Liberdade(aqui em Salvador), para participar do I ENCONTRO DE MULHERES NEGRAS: O PAPEL DA MULHER NEGRA NA SOCIEDADE BRASILEIRA.
Em principio achei entranho. Liguei para o telefone de contato da pessoa responsável pelo evento, e a mesma disse que, por conhecer meu discurso e postura, então me convidou.
Ela me convidou mesmo sabendo que não sou de linha ecumênica, assim como não faço "discurso barato" para ficar bem na fita.

Quando surge uma situação como essa, dobro meus joelhos e pergunto: Senhor, o qual o propósito disso para o Teu Reino? O que o Senhor quer comigo? Então Ele me responde na Palavra e me dá paz.
Sei que alguns irmãos discordam completamente  e certamente não "colocariam os pés ali"(por medo talvez? Rsrsrs). Amo provocar. Rsrsrs
Eu não pedi para estar ali. Mas também não iria recusar. 
Confesso que ainda não entendo tudo, mas sei que no  momento cerrto,  Deus há de me revelar.
O Senhor profetizou sobre minha vida em Isaias 50.4, assim que me convertir, em 1990. Ele tem me capacitado quando me enviou ao Seminário para fazer o curso de Teologia e depois o curso de História.

Qual foi a minha impressão sobre o evento?
Vi várias mulheres negras e de terreiro(e se fossem católicas ou espíritas?), e confesso que o sentimento foi de que as mais idosas poderiam ser minha tia e as mais novas, primas ou sobrinhas. Vi mulheres negras que através da sua fé, resistiram por mais de 400 anos de escravidão e racismo. Mulheres negras que são responsáveis por recriarem a África desde o Brasil Colônia. Várias delas assim como "as nossas", certamente são chefes de familia, tem baixa escolaridade, sofrem as diversas formas de violência doméstica, têm filhos estudando na rede pública, e também ganham menos da metade do salário do homem branco.
A diferença? É que essas mulheres param para refletir sobre o que esse racismo perverso faz com nós, mulheres negras. 
O racismo não respeita credo. Ele não respeita placa de igreja.
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Dou graças ao meu bom Deus por estar cumprindo sua promessa na minha vida.
Amém!





segunda-feira, 23 de julho de 2012

Menina de 4 anos é vítima de racismo em Minas Gerais

Menina de 4 anos é xingada de preta horrorosa e feia

 
Mãe denuncia racismo contra filha de 4 anos; aluna é xingada de "preta horrorosa"
 
Fátima diz que filha está se sentindo inferior por ser negra e que vai procurar atendimento psicológico para a menina
De acordo com ela, menina foi ofendida por avó de garoto que se revoltou com o fato de o neto ter dançado quadrilha com uma criança negra. Polícia vai investigar o caso.
 
“Quero saber por que deixaram uma negra e preta horrorosa e feia dançar quadrilha com meu neto.”
 
Foi assim, segundo o que já foi apurado pela polícia, que a avó de um aluno de uma escola infantil particular em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, se referiu a uma menina de 4 anos, em um caso de crime de racismo que revoltou funcionários do Centro de Educação Infantil Emília e levou a mãe da criança a denunciar a mulher à polícia. A diretora da escola foi acusada de não ter feito nada para impedir as ofensas racistas e ainda ter tentado abafar o caso.

O episódio ocorreu dia 10, mas somente ontem, apoiada pela organização não governamental SOS Racismo, a mãe da menina, a atendente de marketing Fátima Viana Souza, revelou detalhes do caso. Ela só ficou sabendo das agressões à filha porque a professora Cristina Pereira Aragão, de 34 anos, que testemunhou tudo, inconformada com a situação e com a falta de ação da diretora da escola, pediu demissão e procurou a família da menina para denunciar o que ocorreu. Outra professora confirmou aos pais da criança a denúncia feita por Cristina. 

Fátima lembrou que a festa junina foi no sábado, dia 7, e que toda a sua família foi para prestigiar a menina. Na terça-feira, dia 10, a avó do garoto, de acordo com o que consta no boletim de ocorrência policial ao qual o Estado de Minas teve acesso, invadiu a escola aos gritos querendo saber por que deixaram uma “negra horrorosa” dançar com o neto dela. “Minha filha presenciou tudo e foi chamada de preta feia. Os coleguinhas da sala ao lado escutaram e foram ver o que estava acontecendo”, disse a mãe, chorando. “Minha filha ficou quieta num canto da sala e a professora a defendeu dizendo que a atitude daquela mulher era crime. Mesmo assim, minha filha continuou sendo insultada”, disse Fátima. 

A mãe disse ainda que não foi informada do ocorrido. No dia, seu marido buscou a filha na escola e tudo parecia normal. Ela lembrou que naquela terça-feira a menina chegou perturbada da escola, não jantou e não conseguiu dormir. “Achei que ela tivesse brincado demais e estava cansada”, disse Fátima. No dia seguinte, a menina vomitou na sala de aula e a diretora alegou para os pais que ela havia comido muitos salgados num piquenique da escola. A professora, que já havia pedido demissão, procurou os pais e contou o que havia acontecido. 

“Fiquei desesperada. Foi horrível. Acho que a minha filha vomitou de medo. Conversei com ela, que repetia o tempo todo que não fez nada, se sentindo culpada. O racismo contra um adulto é intolerável. Contra uma criança indefesa, pior ainda. E eu não estava lá no momento para defender a minha filha”, lamentou Fátima, que vai tirar a menina da escola e quer que a agressora seja punida. “Vou lutar na Justiça pela minha filha e por tantas outras crianças negras que passam pela mesma situação e não é feito nada”, disse. Fátima informou que vai providenciar atendimento psicológico para a filha. “Ela está se achando inferior, que o bom é ser de outra cor”, concluiu.


Indignação e demissão

A professora Cristina contou ter ficado indignada com a falta de atitude dos responsáveis pela escola e pediu demissão. “A diretora disse que não iria comunicar nada aos pais da menina, nem chamar a polícia, pois esse tipo de problema acontece em qualquer escola e que se fosse brigar com toda família preconceituosa não teria ninguém estudando na sua escola. Fiquei revoltada e preferi me desligar da escola para não ser conivente com um ato criminoso”, disse Cristina. Ela acrescentou que tentou evitar que a menina escutasse as ofensas, mas a mulher apontou o dedo em seu rosto e a mandou ficar calada, afirmando que a professora recebia salário para dar aula para o neto dela.

O delegado da 3ª Delegacia de Polícia de Contagem, Antônio Fradico de Araújo, instaurou inquérito e vai intimar a avó do garoto, identificada apenas como Mariinha, e os demais envolvidos na ocorrência para prestar depoimento. A Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial de Contagem acionou os órgãos de defesa dos direitos humanos e também o Ministério Público Estadual, pedindo providências.

Agravantes 

O advogado do SOS Racismo e professor de direito da PUC Minas, José Antônio Carlos Pimenta, esclarece que a pena para o crime de racismo pode chegar a nove anos de prisão. Mas, no caso da menina ofendida em Contagem, a Justiça pode considerar injúria racial, que tem pena de no máximo três anos. “Mas há dois agravantes nesse caso e a pena pode aumentar. O crime foi cometido dentro de uma escola e a vítima é menor de 18 anos”, disse o advogado. A responsável pela  escola também pode responder civilmente, pois ela tinha o dever legal de proteger a menina, analisou o advogado. A diretora, do Centro de Educação Infantil Emília, Joana Reis Belvino, foi procurada pelo EM, mas se recusou a comentar o caso. A polícia não forneceu informações que permitissem identificar e localizar a mulher denunciada por racismo.
 
Por Pedro Ferreira - Via Portal Uai 
 

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quinta-feira, 19 de julho de 2012

19/07: Hoje é meu aniversário

 


Um dia acordei um pouco narcisista e veio a ideia de fazer uma homenagem à mim mesma. Resultado: criei esse vídeo.
Rsrsrsr

O salmista pergunta: Que darei eu ao Senhor por todos os beneficios que me tem feito? Eu respondo: continuarei com os olhos fitos na cruz, onde reconheço e lembro diariamente o sacrificio que Jesus fez por mim. Isso me mantem viva.

A maturidade tem me deixado mais suave, porém mais decidida nas minhas ações.

Obrigada, Senhor Jesus Cristo.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

EDIR MACEDO: CONSELHOS MACHISTAS, SEXISTAS E RACISTAS

COPIEI E COLEI ESSE ARTIGO, POIS FICO PREOCUPADA COM ESSE TIPO DE LIDERANÇA MACHISTA, SEXISTA E RACISTA, NO MEIO EVANGÉLICO.

ESSE SENHOR É O DONO DA TV RECORD, E  É O MESMO QUE MANDA FAZER REPORTAGENS RACISTAS E XENOFÓBICAS NA ÁFRICA.

O TEXTO É TOTALMENTE MACHISTA E SEXISTA. ELE CULPABILIZA E DESQUALIFICA A MULHER(MISOGENIA).

LEIA E FAÇA SUA REFLEXÃO.

GICÉLIA

Homem de Deus quanto à idade e à raça




Ele precisa estar sempre preparado para servi-Lo 
*Por bispo Edir Macedo/ foto: Thinkstock


O rapaz que deseja fazer a Obra de Deus não deve se casar com uma moça que tenha idade superior à dele, salvo algumas exceções, como por exemplo aquele que é suficientemente maduro e experiente na vida para não se deixar influenciar por ela. Mesmo assim, a diferença não deve ultrapassar dois anos.
Muitas pessoas não gostam quando fazemos estas colocações; entretanto, temos visto que quando a mulher tem idade superior à do seu marido, ela, que por natureza já tem o instinto de ser 'mandona", acaba por se colocar no lugar da mãe do marido.
E o pior não é isto. A mulher normalmente envelhece mais cedo que o homem, e quando ela chega à meia-idade, o marido, por sua vez, está maduro mas não tão envelhecido quanto ela. E a experiência tem mostrado que é muito mais difícil, mas não impossível, manter a fidelidade conjugal.
Para evitar este ou outros transtornos, oriundos da diferença de idade (a do marido inferior à da esposa), é preferível que não haja qualquer compromisso de casamento. Devemos crer que Deus tem reservado para cada servo uma serva, de acordo com as suas aspirações, que por sua vez vão ao encontro das aspirações dela.
Por esta razão, não é bom que o rapaz se afobe e se case com a primeira que aparecer, só porque quer fazer a Obra de Deus e precisa de uma esposa. Não! Se ele não confia que Deus irá lhe suprir com a sua outra metade, como vai confiar que Ele fará a Sua Obra por seu intermédio?

Quanto à raça
Não haveria nenhum problema para o homem de Deus se casar com uma mulher de raça diferente da dele, não fossem os problemas da discriminação que seus filhos poderão enfrentar nas sociedades racistas deste mundo louco.
É preciso que ambos estejam conscientes quanto aos riscos de traumas ou complexos que as crianças poderão absorver durante os períodos escolares, e, a partir daí, carregarem-nos por toda a vida.
Infelizmente, os pais não terão como evitar que aconteçam rejeições ou críticas por parte dos coleguinhas nas escolas nos países onde eles poderão estar pregando o Evangelho.
O homem de Deus precisa estar sempre preparado para servir a Deus onde quer que Ele assim determine, e, assim, nem sempre estará em um país onde não haja esse tipo de situação. Portanto, é necessário que o casal examine também esta questão, antes de qualquer compromisso mais sério.
O homem de Deus não pode simplesmente dizer: "Ela tem o Espírito de Deus e eu também. Nós nos amamos e vamos nos casar". Não! Não deve ser apenas isto! Ele tem o futuro totalmente comprometido com uma missão de extrema importância, e não pode ser limitado. É preciso que haja uma avaliação esmerada quanto aos passos no presente.
Procuramos alertar sobre esta situação não porque a Igreja Universal do Reino de Deus tenha qualquer objeção quanto ao casamento envolvendo mistura de raça ou cor. Não, muito pelo contrário!
Temos vários homens de Deus casados com mulheres de raças diferentes. Não teríamos absolutamente nada a comentar a este respeito, mas temos visto este tipo de problema acontecendo com as crianças dentro das nossas igrejas, em outros países.
Procuramos, portanto, trazer à baila esta situação a fim de evitarmos transtornos no futuro do homem de Deus e na obra que está reservada para ele.


(*) Texto retirado do livro "O Perfil do Homem de Deus", do bispo Edir Macedo

terça-feira, 10 de julho de 2012

OFICINA: ALISANDO O NOSSO CABELO

Eu serei a mediadora dessa oficina.
Utilizarei o texto de Bell Hooks(está disponível na internet).



Participe!!!


segunda-feira, 2 de julho de 2012

MOVIMENTO BRANCO

Ultimamente tenho usado esse termo para definir o comportamento da sociedade racista em que vivemos.

Algumas pessoas conhecidas não negras me perguntam quando vai ser criado o dia da consciência branca, e em especial, o movimento de mulheres brancas.

Então cheguei a seguinte conclusão:
  • O Dia da Consciência Branca foi decretado em 21 de abril de 1500. A Carta de Pero Vaz de Caminha, legitima.
  • Dia do Movimento das Mulheres Brancas, são todos os dias, a apartir do dia 21 de abril de 1500.
Como cheguei a essa conclusão? Vejamos:

  1. Os 400 anos de escravidão, nos dá conta disso;
  2.  O racismo institucional, nos dá conta disso:
Além da Ministra Luiza Bairros(SEPPIR), quais outras ministras negras temos no Governo de Dilma?
Quantos secretários/as negros temos no governo de Jacques Wagner? Por favor, não me venha com um exemplo.
E na nossa prefeitura, quantas secretárias negras temos?

     3.  Mais jovens brancos que negros nos universidades públicas, nos dá conta disso;

     4.   Mais mulheres brancas, feministas e pesquisadoras dentro da academia, nos dá conta disso;

     5.   Mesmo os partidos politicos de esquerda, na sua cúpula, a liderança é branca;

     6.   Os meios de comunicação de massa, nos dão conta disso. Basta ver as telenovelas(não só as da Globo, viu?), as propagandas de cerveja, creme dental, carro, shampoo,etc; as revistas de celebridades,  moda,  as masculinas tanto para héteros quanto para gays, etc.

Acho interessante aqui em Salvador, quando se faz uma entrevista com um especialista, é sempre uma pessoa branca.
Os nossos repórteres? São todos brancos!
Os âncoras de telejornal aqui de Salvador, são todos brancos. Sei que alguém vai citar um ou dois como exemplo, mas isso não me interessa, pois somos maioria!

Então, se os brancos sempre estão no poder, e fazem de tudo para  se perpetuarem, chamo isso de  MOVIMENTO BRANCO.

P.S: Tenhos amigas e amigos brancos que amo! E eles entendem a minha luta(se bem que demoraram um pouco...).Rrsrsrs






Escureci?
Rsrsrs




domingo, 1 de julho de 2012

Eu amo meu cabelo 2

Olá, pessoal!

Separei algumas fotos onde estou com diferentes estilos de cabelo.
Penso ser isso uma questão de ancestralidade. Nós, mulheres negras, gostamos de enfeitar nossas  cabeças. Nosso cabelo é nossa coroa.

Algumas decidem ousar, mudando sempre sempre de visual. É o meu caso. Também gosto de mudar a cor do cabelo.

SIM, NÓS PODEMOS!!!!



Foto tirada na adolescência: Cabelo "feito à ferro". Sem maquiagem, lábios grossos. Gosto muito dessa foto. Eu estava com 16 anos. Detalhe: o cabelo demorava para crescer.
                                      Foto também da adolescência. Tinha uns 17 anos.
























Rsrsrs

Fotos do Seminário na UEFS

O nome do seminário é grande: EXPERIÊNCIAS DAS MULHERES NA INTERSECÇÃO DE RAÇA, CLASSE, GÊNERO E HISTÓRIA DE VIDA E OS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE NOS EUA.
Foi realizado na Universidade Estadual de Feira de Santana(UEFS), em 29.06.2012.

E lá fui eu juntamente com algumas companheiras do Fórum de Mulheres, do qual participo.
Só foi pela manhã, mas valeu muito apena. Tivemos a presença de duas doutoras norteamericanas:
Kia Lilly Caldwell e Vijaya Krishna Hogan.

Quase fui linchada nesse evento, ao falar sobre a paralização das escolas públicas estaduais e afirmando existir um MOVIMENTO BRANCO que procura nos impedir de avançar, principalmente a juventude negra que, certamente terá dificuldade em adentrar numa universidade pública para fazer uma graduação, quanto mais um mestrado.
Depois do meu comentário, percebi olhares fuzilantes dos alunos brancos, em minha direção.
Depois que encerrou o evento, uma aluna branca  me procurou para eu "esclarecer" o que eu quis dizer com MOVIMENTO BRANCO. Então procurei "escurecer" meu comentário para ver se ela se ela entendia.

O seminário foi dirigido à mestrandos do curso de saúde coletiva da UEFS. Só para "deixar claro", tinha uma minoria de mestrandos negros. Rsrsrsrs


Ai, meu Deus!!!
Por que eu tenho sempre que me envolver "nessas coisas"?
Kkkkkkk






Drª Vijaya Krishna Hogan(vestido preto) e Drª Kia Lilly Caldwell(blusa vermelha e saia preta)