sábado, 20 de outubro de 2012

Pode uma negra evangélica ser do Movimento Negro?

Olá, queridas pessoas! O que pretendo ao relatar os fatos abaixo, não é fomentar intrigas entre nós mulheres negras que professamos credos relogiosos diferentes, mas sim mostrar que estamos avançando no diálogo e que nós, negra e negros  evangélicos,  também buscamos conhecer a  história de nossos ancestrais, firmando assim nossa identidade negra. Recentemente tive conhecimento de um fato bem interessante. Como tenho compartilhado com vocês, sempre sou convidada à fazer palestras e, assim quando termino minha fala, algumas pessoas vêm me comprimentar. Mas a informação que chegou até a mim foi de que em uma dessas palestras, uma candomblecista, ao me ver à mesa, retirou-se do ambiente reclamando com  a pessoa que me convidou, que não aceitava uma evangélica falando de negritude. Vale salientar que fui convidada por uma autoridade politica e candomblecista. Em um outro momento, também já fui hostiliza por uma mulher negra e candomblecista que estava à mesa comigo. Uma certa vez, me coloquei à disposição para colaborar em duas instituições ligadas ao Movimento Negro. A primeira me disse que eles só aceitavam pessoas do Axé. Então eu disse que antes de ser batista, eu era mulher e negra; mas ainda assim não fui aceita. Nas segunda instituição, que é ligada à educação, também não me aceitaram por eu ser evangélica. Também tenho conhecido e convivido com pessoas do axé com as quais tenho aprendido muito,quando compartilhamos nossas experiências religiosas nesse processo da Diáspora Africana. Já falei anteriormente numa das minhas postagens, que entendo perfeitamente o comportamento de algumas liderenças do movimento negro, que tem "um olhar atravessado para com os evangélicos". Através de leituras e assistindo programas televisivos de algumas denominações que se dizem evangélicas, observo o quanto de intolerância religiosa foi incetivado por alguns líderes. Mas hoje em dia, após vários processos judiciais, esse dircurso tem diminuido, até porque dá cadeia. Eu fico "numa sinuca de bico: alguns lideres do Movimento Negro não me aceitam por eu ser evangélica, e no meio evangélico eu também não sou bem vista por fazer parte do Movimento Negro. Rsrsrsr Mas Deus não é Deus de confusão, senão de paz.(ICo 14.33). Eu creio que faço parte de um pequeno mas crescente exército de negros evangélicos que tem buscado a orientação do Senhor para que seus iguais, independente de credo religioso, não permaneçam na ignorância do conhecimento histórico. Agradeço ao Senhor Deus por ter me escolhido para essa missão(Isaias 61.1) Amém!!! Gicélia Cruz SE VOCÊ FOR COMPARTILHAR ESSE TEXTO, FAVOR CITAR A FONTE.

Um comentário:

  1. Ser negro não é apenas se rotular negro, ser negro é perceber que existe um povo que sofre tanto social e religiosamente uma descriminação. Ser negro é pertencer a um povo que luta pelo erguimento dos valores morais, éticos e sociais de um povo. Como pode um negro professar a fé do opressor. Não consigo entender.

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