domingo, 29 de julho de 2012

25 DE JULHO: DIA DA MULHER NEGRA LATINO-AMERICANA E CARIBENHA

Nessa semana quando paramos e refletimos sobre  o 25 de Julho Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, participei efetivamente de dois eventos. O primeiro foi realizado dia 23/07/2012, pelo Forum Nacional de Mulheres Negras, cujo tema foi: PERSPECTIVAS E DASAFIOS DA MULHER NEGRA EM BUSCA DO PODER. Algumas mulheres negras candidatas a vereadora e vice-prefeita foram convidadas à falar sobre sua trajetória politica.
Eu coordenei a mesa.
Gente, o mais interessante é que não gostava de política, mas agora percebo que existem pessoas que estão no poder tomando decisões importantes por mim.
A presença da mulher negra nos cargos politicos é quase nula.











O segundo evendo foi dia 25/07/2012. Recebi um convite do Egbé Axé, que é uma Associação de Terreiros do Bairro da Liberdade(aqui em Salvador), para participar do I ENCONTRO DE MULHERES NEGRAS: O PAPEL DA MULHER NEGRA NA SOCIEDADE BRASILEIRA.
Em principio achei entranho. Liguei para o telefone de contato da pessoa responsável pelo evento, e a mesma disse que, por conhecer meu discurso e postura, então me convidou.
Ela me convidou mesmo sabendo que não sou de linha ecumênica, assim como não faço "discurso barato" para ficar bem na fita.

Quando surge uma situação como essa, dobro meus joelhos e pergunto: Senhor, o qual o propósito disso para o Teu Reino? O que o Senhor quer comigo? Então Ele me responde na Palavra e me dá paz.
Sei que alguns irmãos discordam completamente  e certamente não "colocariam os pés ali"(por medo talvez? Rsrsrs). Amo provocar. Rsrsrs
Eu não pedi para estar ali. Mas também não iria recusar. 
Confesso que ainda não entendo tudo, mas sei que no  momento cerrto,  Deus há de me revelar.
O Senhor profetizou sobre minha vida em Isaias 50.4, assim que me convertir, em 1990. Ele tem me capacitado quando me enviou ao Seminário para fazer o curso de Teologia e depois o curso de História.

Qual foi a minha impressão sobre o evento?
Vi várias mulheres negras e de terreiro(e se fossem católicas ou espíritas?), e confesso que o sentimento foi de que as mais idosas poderiam ser minha tia e as mais novas, primas ou sobrinhas. Vi mulheres negras que através da sua fé, resistiram por mais de 400 anos de escravidão e racismo. Mulheres negras que são responsáveis por recriarem a África desde o Brasil Colônia. Várias delas assim como "as nossas", certamente são chefes de familia, tem baixa escolaridade, sofrem as diversas formas de violência doméstica, têm filhos estudando na rede pública, e também ganham menos da metade do salário do homem branco.
A diferença? É que essas mulheres param para refletir sobre o que esse racismo perverso faz com nós, mulheres negras. 
O racismo não respeita credo. Ele não respeita placa de igreja.
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Dou graças ao meu bom Deus por estar cumprindo sua promessa na minha vida.
Amém!





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