quarta-feira, 20 de maio de 2015

Compartilhando emoções

Olá, pessoas queridas!

Sinto falta de compartilhar mais sobre minhas experiências, mas a correria do dia a dia não tem deixado.

O texto que compartilho abaixo, foi escrito diretamente no meu Facebook. Seria uma reflexão rápida sobre as fortes chuvas que têm caído aqui em Salvador, nos meses de abril e maio/2015.
Mas o que me chamou mesmo atenção foi a quantidade de compartilhamentos e também a qualidade dos comentários que algumas pessoas fizeram após a leitura do texto . Pois ao externar minha opinião sobre a situação vulnerável de moradia  da população negra, não tinha ideia da repercussão que isso teria.
Confesso que sempre me surpreendo com essas situações. É muita responsabilidade.
Rsrsrs

Que o Senhor Deus tenha misericórdia de mim.

Gicélia Cruz



No que estou pensando?
Estou pensando que mais uma vez todas as vítimas fatais dessa chuva torrencial que caiu hoje em Salvador, são negras. Pois sei, somos nós que habitamos às favelas desde 14/05/1888. Não temos condições financeiras para contratar um engenheiro, seu moço. Mas me responda uma coisa: se a construção é irregular, por que há legalização de água e luz? Hummm...
São sempre os rostos pretos que aparecem chorosos e sofridos nas imagens da televisão, lamentando a perda do pouco que tinham, ou porque um ente querido morreu na tragédia.
Então a dor, o sofrimento e o choro continuam sendo nossos quando a juventude negra está sendo exterminada; quando as encostas deslizam e levam nossas casas e algumas vidas; quando o analfabetismo e desemprego continuam nos colocando numa situação de vulnerabilidade social.
Certa vez, participando de um evento, terminei colocando o belíssimo vídeo da música A carne, interpretada por Elza Soares. Porém, uma colega me criticou dizendo que não achava certo mostrar aos alunos imagens de navio negreiro. Hummm...
A carne mais barata do mercado é a carne negra...



No que estou pensando?
Estou pensando que mais uma vez todas as vítimas fatais dessa chuva torrencial que caiu hoje em Salvador, são negras. Pois sei, somos nós que habitamos às favelas desde 14/05/1888. Não temos condições financeiras para contratar um engenheiro, seu moço. Mas me responda uma coisa: se a construção é irregular, por que há legalização de água e luz? Hummm...
São sempre os rostos pretos que aparecem chorosos e sofridos nas imagens da televisão, lamentando a perda do pouco que tinham, ou porque um ente querido morreu na tragédia.
Então a dor, o sofrimento e o choro continuam sendo nossos quando a juventude negra está sendo exterminada; quando as encostas deslizam e levam nossas casas e algumas vidas; quando o analfabetismo e desemprego continuam nos colocando numa situação de vulnerabilidade social.
Certa vez, participando de um evento, terminei colocando o belíssimo vídeo da música A carne, interpretada por Elza Soares. Porém, uma colega me criticou dizendo que não achava certo mostrar aos alunos imagens de navio negreiro. Hummm...
A carne mais barata do mercado é a carne negra...

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